"Ninguém duvida, porém, que, através da urdidura de baixa tonalidade cromática de sua obra, ele reconta, com autoridade da testemunha que tudo vivenciou, uma tosca fábula, cujo tema está profundamente arraigado à mais pura e autêntica realidade brasileira, fábula essa que já teria sido, um dia, contada por Guimarães Rosa ou Dalton Trevisan.
Temos convicções de que esses resgistros de inegável individualidae técnica e artística continuarão vivos na recente leva de pinturas em acrílico sobre tela iniciada pelo pintor (...) um artista moldado pela caminhada adversa e que nunca se vergou aos modismos e tendências de uma arte adocicada, mantendo-se autêntico."
Ennio Marques Ferreira, em "O Absurdo da Realidade" 2001
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"Kambe consegue grandes espaços monocromáticos, criando zonas de contrastes que muito contribuem para aumentar a dramaticidade conferida aos seus perturbadores personagens (...) nas suas obras mais recentes, o artista criou um mundo instigante de imagens, onde a preocupação com o seu momento histórico, embora não tenha desaparecido de todo, cedeu lugar a um expressionismo fantástico e simbólico (...) imagens de um novo universo (...) tem buscado imagens e símbolos que afetem a consciência do espectador, mas de maneira mais serena e amorosa (...) num misto de denúncia e sarcasmo, o expressionismo fantástico e simbólico de Kambe é uma obra erudita que provoca reflexão."
Maria Cecília Noronha, em "Pintores Contemporâneos do Paraná" (2008).
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